sexta-feira, 5 de março de 2010

Focus 2.0 flex traz mais por menos que os rivais


O ciclo se fecha. O novo Focus, lançado pela Ford em setembro de 2008, em Bariloche (Argentina), enfim ganha motor 2.0 flex, que o torna de fato competitivo nesse mercado. Um dos mais bem resolvidos automóveis do mundo, o médio enfim fica completamente competitivo – apesar de o etanol, neste momento, não ser a melhor opção na bomba. O propulsor é o Duratec 2.0 16V de 143 cv (cavalos) com gasolina a 148 cv com etanol, importado do México.

Outra boa notícia é que os preços foram reposicionados, ficando cerca de 3% mais em conta, graças a vários fatores, como a nacionalização da transmissão manual. Os preços ficam assim: na carroceria hatch, as versões GLX (de entrada) custam R$ 56.570 (manual) e R$ 61.100 (automática), enquanto as Ghia (top de linha), R$ 65.450 (manual) e R$ 69.900 (automática); na configuração Sedan, a GLX sai por R$ 58.570 (manual) e R$ 63.100 (automática), e a Ghia, R$ 67.450 (manual) e R$ 71.900 (automática).

Além do novo motor, a Ford tratou de renovar os equipamentos, sobretudo no que diz respeito aos sistemas de som e conectividade. Uma rápida comparação com os rivais – tanto hatches quanto sedãs – mostram que o Focus oferece muito mais por um preço equivalente ou até menor. Sinal de modernidade. Vem ainda com garantia de três anos.

Focus ganha motor 2.0 flex nas versões hatch e Sedan

Apesar de seu interior ter ficado mais "genérico" (o design não é tão ousado quanto o da geração anterior), o Focus se mantém com uma posição de dirigir das mais prazerosas. A suspensão traseira independente multilink com barra estabilizadora auxilia nessa tarefa, complementada pela direção eletridráulica progressiva (fica mais dura na medida em que aumenta a velocidade), que é personalizável em três níveis: Normal, Conforto e Esporte.

Além de um novo acabamento no console central, toda a linha Focus traz ainda volante de couro com insertos cromados, faróis de neblina e encosto de cabeça com regulagem de altura para os cinco passageiros (inclusive o que se senta ao centro do banco de trás).

Na versão Ghia o carro tem ainda rádio My Connection com Bluetooth e comando de voz, botão de partida sem chave, ar-condicionado automático e digital com controle individual de temperatura para motorista e passageiro, banco do motorista com ajuste de altura elétrico e ajuste lombar manual, teto solar elétrico, sensor de estacionamento traseiro e controlador de velocidade.

"Aposentamos a Maria", diz Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford. Ou seja, o comando de voz agora funciona com português do Brasil – a Raquel, que por sinal também presta serviços para a Fiat... – em vez de de Portugal.

Interpress Motor avaliou o modelo em uma viagem entre Itupeva e Indaiatuba (SP), basicamente em trechos rodoviários. Ainda assim foi possível constatar as boas qualidades de torque em baixas rotações, item essencial para rodar no anda-e-para da cidade. Sem falar do ótimo acabamento que o modelo, que é fabricado na Argentina, oferece.

Dados de desempenho confirmam a agilidade do modelo – sua versão manual acelera de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos e chega a 205 km/h de velocidade máxima. O consumo na cidade fica entre 7 km/l (etanol) e 11,2 km/l (gasolina), enquanto o rodoviário fica entre 10,2 km/l (etanol) e 15,8 km/l (gasolina). As vendas do modelo começam no final do mês.

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