sexta-feira, 5 de março de 2010
Polo esportivo tem tudo o que se espera de um verdadeiro GTI
Volkswagen Polo GTI será vendido apenas na Europa e talvez nos EUA: no Brasil, só por importação independente; preço no Velho Continente começa no equivalente a R$ 46 mil
A Volkswagen repetiu o incômodo óptico de exibir seus lançamentos em Genebra num estande onde o branco absoluto predomina, seu chefe de vendas Christian Klinger passou boa parte do discurso defendendo o azul da tecnologia BlueMotion de motores mais eficientes, mas o que chamou atenção ali foi o vermelho do reluzente Polo GTI 2011.
Duzentos quilos mais leve, o compacto da Volks começa sua receita quente, digna da tradição dos GTIs da Volks, com o motor de 1,4 litro com injeção direta de combustível e sobrealimentado por turbo para gerar 180 cavalos e alto torque de 25,4 kgfm; e segue com o câmbio automático DSG de duas embreagens e sete velocidades.
Depois, continua com o uso do bloqueio de diferencial transversal XDS, que diminui o subesterçamento para deixar o carro na mão, mesmo em manobras mais arriscadas e curvas ariscas feitas com o pé embaixo; se aproveita do visual clássico da gama GTI e seus padrões de xadrez, uso do couro, elementos metálicos e plaquetas de identificação; e arremata tudo com o visual da frente horizontalizada que começa a dominar todos os modelos da marca (vale lembrar que o SUV Touareg foi outra novidade do estande, justamente com a frente inagurada no Scirocco e no Golf 6).
Para resumir: o Polo GTI é uma máquina daquelas de deixar qualquer entusiasta por carros esportivos boquiaberto. Mas que deve ficar restrito à Europa, onde chega às lojas até o meio do ano ao preço de 19.800 euros (cerca de R$ 46 mil), e quem sabe aos Estados Unidos. Ao Brasil, pode ser importado de modo independente.
O estande mostrou ainda o CrossPolo, que vestiu roupa aventureira semelhante à do nosso CrossFox, e o já citado novo Touareg, reestilizado e suavizado, além da também renovada Sharan, espécie de minivan que, na Europa, é muito usada por taxistas.
Focus 2.0 flex traz mais por menos que os rivais
O ciclo se fecha. O novo Focus, lançado pela Ford em setembro de 2008, em Bariloche (Argentina), enfim ganha motor 2.0 flex, que o torna de fato competitivo nesse mercado. Um dos mais bem resolvidos automóveis do mundo, o médio enfim fica completamente competitivo – apesar de o etanol, neste momento, não ser a melhor opção na bomba. O propulsor é o Duratec 2.0 16V de 143 cv (cavalos) com gasolina a 148 cv com etanol, importado do México.
Outra boa notícia é que os preços foram reposicionados, ficando cerca de 3% mais em conta, graças a vários fatores, como a nacionalização da transmissão manual. Os preços ficam assim: na carroceria hatch, as versões GLX (de entrada) custam R$ 56.570 (manual) e R$ 61.100 (automática), enquanto as Ghia (top de linha), R$ 65.450 (manual) e R$ 69.900 (automática); na configuração Sedan, a GLX sai por R$ 58.570 (manual) e R$ 63.100 (automática), e a Ghia, R$ 67.450 (manual) e R$ 71.900 (automática).
Além do novo motor, a Ford tratou de renovar os equipamentos, sobretudo no que diz respeito aos sistemas de som e conectividade. Uma rápida comparação com os rivais – tanto hatches quanto sedãs – mostram que o Focus oferece muito mais por um preço equivalente ou até menor. Sinal de modernidade. Vem ainda com garantia de três anos.
Focus ganha motor 2.0 flex nas versões hatch e Sedan
Apesar de seu interior ter ficado mais "genérico" (o design não é tão ousado quanto o da geração anterior), o Focus se mantém com uma posição de dirigir das mais prazerosas. A suspensão traseira independente multilink com barra estabilizadora auxilia nessa tarefa, complementada pela direção eletridráulica progressiva (fica mais dura na medida em que aumenta a velocidade), que é personalizável em três níveis: Normal, Conforto e Esporte.
Além de um novo acabamento no console central, toda a linha Focus traz ainda volante de couro com insertos cromados, faróis de neblina e encosto de cabeça com regulagem de altura para os cinco passageiros (inclusive o que se senta ao centro do banco de trás).
Na versão Ghia o carro tem ainda rádio My Connection com Bluetooth e comando de voz, botão de partida sem chave, ar-condicionado automático e digital com controle individual de temperatura para motorista e passageiro, banco do motorista com ajuste de altura elétrico e ajuste lombar manual, teto solar elétrico, sensor de estacionamento traseiro e controlador de velocidade.
"Aposentamos a Maria", diz Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford. Ou seja, o comando de voz agora funciona com português do Brasil – a Raquel, que por sinal também presta serviços para a Fiat... – em vez de de Portugal.
Interpress Motor avaliou o modelo em uma viagem entre Itupeva e Indaiatuba (SP), basicamente em trechos rodoviários. Ainda assim foi possível constatar as boas qualidades de torque em baixas rotações, item essencial para rodar no anda-e-para da cidade. Sem falar do ótimo acabamento que o modelo, que é fabricado na Argentina, oferece.
Dados de desempenho confirmam a agilidade do modelo – sua versão manual acelera de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos e chega a 205 km/h de velocidade máxima. O consumo na cidade fica entre 7 km/l (etanol) e 11,2 km/l (gasolina), enquanto o rodoviário fica entre 10,2 km/l (etanol) e 15,8 km/l (gasolina). As vendas do modelo começam no final do mês.
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